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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Obiora é o balanceador de uma Académica a 

quem «só falta um bocadinho de sorte»



Com 23 anos, já passou pelo Inter e pelo Parma, é internacional nigeriano e tem uma CAN no currículo. Obiora chegou a Coimbra pela mão do treinador Paulo Sérgio e tem sido indiscutível na manobra de uma equipa que tem estado afastada dos resultados pretendidos.

«Estou satisfeito por estar a jogar, é esse o objetivo, é para isso que trabalho, mas, infelizmente, a equipa não tem conseguido os objetivos que se pretendem. Não há maus desempenhos, há um mau momento em geral. A equipa tem jogado bem, toda a gente pode ver, mas está a faltar-nos um bocadinho de sorte, se é que isso do azar realmente existe», referiu, por entre sorrisos, em entrevista exclusiva ao zerozero.pt, onde debateu também a sua carreira.


Obiora tinha estado no Córdoba, equipa que ajudou a subir à Liga BBVA, uma montra interessante, mas que não chegou a acontecer, porque Paulo Sérgio entrou em ação. O técnico chegou no verão à Académica, avaliou as opções, definiu alvos para o mercado e colocou-se em campo. Obiora foi um dos desejos.

«Basicamente, eu conhecia o treinador por termos trabalhado na Roménia [no Cluj]. Quando eu estava em Espanha, ele ligou-me e disse que estava numa nova equipa, que tem um bom projeto. Depois de pensar, eu disse-lhe que vinha. É sempre melhor trabalhar com alguém que tu já conheces», contou o número 4, que não particulariza o técnico em relação aos que teve ao longo da sua carreira, embora o defenda de forma acérrima.

«O treinador tem um bom fio de jogo que idealiza para equipa, o que ele pretende é que as coisas sejam realmente bem feitas, também fomentando a união do grupo. Claro que existe, aqui e ali, um ou outro problema, alguma dificuldade, mas acredito que ele tem trabalhado muito, muito bem», valorizou.

No final da última partida, frente ao Rio Ave, Paulo Sérgio considerou a hipótese de a equipa deixar de lado a nota artística para poder, jogando 'mais feio', melhorar os resultados e a situação pontual. Uma posição que Obiora, como jogador, não se mostrou totalmente de acordo com a opção, embora não a questione.

«É a ideia do treinador. Eu, como jogador, prefiro sempre praticar bom futebol. É isso que nós fazemos, mas se ele acha que a estratégia para ganhar mais vezes, por mim tudo bem. Primeiro os resultados, depois o futebol bonito», vaticinou.

A propósito dessa partida contra os vilacondenses, o 3x0 final trouxe uma faceta desde as bancadas que Obiora, um apreciador da cidade de Coimbra, não conhecia: «A primeira reação negativa que vi dos adeptos foi após o jogo contra o Rio Ave. Até aí, foram espetaculares, com muito apoio, muito afeto. Esse jogo foi a exceção, ficaram mesmo maus, mas percebe-se porquê».

De qualquer forma, nada que tenha abalado um balneário que está no seu patamar mais alto de consideração. O nigeriano explica as razões.

«Vou ser sincero. No Córdoba tínhamos um grande, grande grupo, um excelente balneário. Andávamos sempre juntos, havia grande união. E a verdade é que aqui é igual. Só que, se em Espanha havia muitos espanhóis no plantel, aqui tens montes de estrangeiros, 70% são de fora, e, ainda assim, é um excelente ambiente que se vive. Não costuma ser fácil, com tantos jogadores novos e que são estrangeiros, conseguir uma boa integração, e aqui isso acontece de forma espetacular», garantiu.

Académica pode ser rampa de lançamento

Itália, Roménia, Espanha e, agora, Portugal. Obiora é de tenra idade, mas já apresenta um vasto currículo, seja por clubes ou pela seleção, com participação em competições como a Liga dos Campeões, a CAN ou o Mundial de Clubes (esteve na ficha de jogo, apesar de não ter chegado a entrar no triunfo do Inter).

Um cartão de visita atrativo e que, mediante boas exibições, pode pesar na mente de quem o observe. Mesmo com o foco apontado ao clube conimbricense (o contrato até 2017 assim o demonstra), Obiora olha com desejo para outros voos, não negando que está a ter uma espécie de segunda oportunidade.

«Pode ser uma base para relançar a minha carreira, porque a verdade é que, desde o Inter, as coisas não têm corrido de acordo com o que eu pensava. Espero que seja uma ponte, não o nego, mas no futebol nada é um dado garantido», rematou.



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