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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Otávio: pizzas e playstation para um agitador de elite


«Quer saber um pouco mais sobre o Otávio? Vou contar-lhe uma história que reflete o que ele é em campo: no primeiro jogo com a equipa profissional do Internacional ele entrou, jogou 14 minutos e bagunçou o jogo completamente. Ele é esse tipo de jogador, um agitador nato».

Nesse dia 15 de julho, em 2012, Otávio, ainda com 17 anos, dá o primeiro passo no Colorado. No banco, como assistente de Dorival Júnior, está Clemer Silva, histórico guarda-redes dos gaúchos.

Clemer é, aliás, a personagem principal no trajeto de Otávio até à chegada ao FC Porto: treina o menino de João Pessoa nos juvenis do Internacional, transforma-o de lateral em médio/avançado e leva-o pela mão, literalmente, ao primeiro treino nos seniores.

«Ele ligou ao pai, envergonhado, porque não queria ir sozinho. Mas o senhor Otávio estava a 4 mil quilómetros e pediu-me ajuda. O Otávio nem queria sair do carro, tive de pegar nele e ter uma conversa séria», conta o atual treinador dos sub23 do Internacional ao nosso jornal.  



Otávio é, para Clemer, um jogador especial. «Não é conversa fiada. Repare: aos 17 anos ele teria ainda de ir aos juniores e depois aos sub23 do Internacional. Queimou todas essas etapas porque estava acima de todos os outros. Tem um potencial inacreditável».

No primeiro jogo, frente ao Santos (0-0), Otávio substitui Mike e cola-se ao flanco esquerdo. «É rápido, tem um bom drible, muita técnica e faz golos. É o tipo de atleta que chama logo a atenção. Além disso, é raçudo, gosta de recuperar a bola quando a perde».

Clemer, curiosamente, volta a ter um papel determinante em 2013. Dunga é demitido do cargo de treinador do Internacional e o adjunto assume o comando. Otávio torna-se um indiscutível nas opções iniciais.

«A médio? Não, nem pensar, não é jogador para o centro. O Otávio tem de jogar nas linhas, a extremo, seja na direita ou na esquerda. Tem velocidade e procura bem o cruzamento. Não creio que seja uma opção forte para o meio-campo», vinca o ex-treinador e amigo.

Terá Julen Lopetegui a mesma opinião?

240 quilómetros diários para jogar futsal em Recife

Filho caçula de dona Cláudia Mendes e seu Otávio Júnior, o jogador do FC Porto revela desde os verdes anos uma inclinação obsessiva pelo futebol.

«Se a bola não andasse por perto, ele era o que é hoje: fechado, carinhoso, amável, uma criança boa», conta a mãe de Otávio, numa conversa com o Diário Gaúcho. «Com a bola ele ficava doido, não pensava em mais nada».

Bem-humorado, o pai do internacional sub21 brasileiro diz que Otávio só se perde de igual modo por outra paixão. Ou melhor, perdia. «Ele adorava pizzas. Devorava tudo. Mas depois ele ganhou um pouco de peso [Dunga não gostou nada] e fechou a boca. Para ele não comer demasiado, eu devoro tudo. É por isso que sou diabético, mas pai é pai».  


A família Monteiro, percebe-se facilmente, é muito unida. E assim continuará, mesmo com a mudança de Otávio para Portugal.

«Aos 11 anos ele deixou a equipa de João Pessoa. Foi jogar futsal para o Santa Cruz do Recife. 120 quilómetros para lá, 120 quilómetros para cá. Levava-o e trazia-o todos os dias. Só posso estar muito feliz com tudo o que o meu filho está a conseguir», recorda Otávio Júnio.

A mãe, Cláudia, ainda imagina o filho de fato e gravata, a cursar Direito. «Sim, adorava, mas o mais importante é ele estar feliz, a fazer o que gosta e a perseguir os sonhos».

As noitadas a jogar playstation no Beira-Rio

Otávio deixa de ser Otavinho e em 2009 muda-se para Porto Alegre. Deive Bandeira, o seu primeiro treinador no Internacional, recorda ao Maisfutebol o impacto imediato criado pelo novo dragão.

«Aos 14 anos fazia tudo bem: controlo de bola, passe, drible, remate. Em dois treinos fiquei convencido. Informei logo os responsáveis do clube: temos aqui um diamante. Não me enganei».

Nessa altura, Otávio divide um apartamento com mais cinco colegas do Internacional, nas imediações do Beira-Rio. Nenhum dos outros chega, pelo menos com a mesma urgência, ao patamar do antigo colega de apartamento.

«Era diferente, sim. Mais evoluído em tudo. Problemas? Aquelas coisas de criança. Ficava até tarde a jogar playstation, a alimentação não era a ideal, mas só isso», conta o senhor Deive Bandeira. 

 

Texto retirado do site Maisfutebol



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