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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Catarino: O viajante que transporta golos na bagagem



Poucos serão os jogadores que tenham jogado em tantas zonas de Portugal como ele. Menos ainda serão os que já apontaram golos em praticamente todas as equipas que representaram e que aos 42 anos ainda mantém o gosto pelo futebol e por marcar golos como se tivessem 18. Aos leitores, o zerozero.pt apresenta Paulo Catarino, avançado que anda em busca da marca dos 300 golos na carreira.

Conhecido no mundo futebolístico apenas por Catarino, este atacante de 42 anos, natural de Setúbal, já jogou em quase todas as regiões do país. «Apenas não joguei nos Açores e não me parece que venha a acontecer porque agora já não se ganha tão bem como se ganhava antes ao ponto de deixar tudo e ir para um sítio novo», conta ao zerozero.pt. No entanto, mesmo não tendo representado qualquer formação açoriana, Catarino fez golos por todas as outras zonas do país: 278 até ao momento.




Foi assim no norte, no centro, no sul e até na Madeira. O histórico de clubes é imenso e Catarino orgulha-se de todas as camisolas que vestiu. Quintajense, Fabril Barreiro, Comércio e Indústria, Atlético Cacém, CD Montijo, Alcanenense, Nacional da Madeira, Imortal, Vitória de Setúbal, Leça, Olhanense, Atlético, Olivais e Moscavide, Pinhalnovense, Mafra, UD Santana, Amarante, União Montemor, Torreense, Atlético Malveira, Aljustrelense, Alcochetense e União Santiago, onde está atualmente.




De todos estes clubes, apenas pelo Alcanenense e pelo Aljustrelense não conseguiu furar as redes adversárias e a justificação é simples: «Só não marquei no Aljustrelense porque só fiz um jogo», atira, revelando o porquê de tantas mudanças de clube, sendo que o máximo de tempo consecutivo no mesmo emblema foi três épocas, no Fabril Barreiro, entre 2011 e 2014.

«Tenho tantos clubes porque comecei do escalão mais baixo do futebol e todos os anos fui subindo, umas vezes em termos financeiros e noutras em termos de escalão, até que cheguei à Primeira Liga. Mais tarde comecei a fazer o caminho inverso porque em Portugal existe o preconceito de que aos 30 anos um jogador é velho. Mas aproveitei cada mudança de clube para conhecer o país inteiro», atirou, garantindo que aos 42 anos está longe de se sentir a mais nos clubes que representa.

«Os golos falam por mim. Se não os marcasse ninguém me queria, nem com 20, 30 ou 40 anos. Fazendo golos as pessoas querem-me. Já me cruzo com jogadores que podiam ser meus filhos mas recebem-me muito bem e aprendo muito com eles».

«Jogar na Primeira Liga pelo Vitória de Setúbal foi o momento mais alto».

Na temporada 1999/2000, Catarino atuou pela primeira e única vez no principal escalão do futebol português, tendo-o feito pelo clube da cidade onde nasceu. Carlos Cardoso foi o treinador responsável por lançar o goleador na Primeira Liga, tendo-o feito a 20 de agosto de 1999, no empate a uma bola com o Vitória de Guimarães no Estádio do Bonfim.

Catarino entrou aos 62 minutos para o lugar de Marco Ferreira e esteve no ataque com Chiquinho Conde e Sérgio João. Foi o primeiro de nove jogos em que foi utilizado no mais alto escalão, tendo em todos eles saído desde o banco de suplentes, pois nunca foi titular. «O momento mais alto foi chegar à Primeira Liga pelo Vitória de Setúbal. Foi um sonho de criança concretizado, mas as coisas não correram tão bem como esperava», conta.

A experiência no Vitória de Setúbal e na Primeira Liga durou, assim, apenas uma temporada. Os golos não apareceram na principal prova do futebol português, mas nem por isso Catarino deixou de marcar pelos sadinos. «Marquei um golo para a Taça de Portugal contra o Vilafranquense e que deu a passagem na eliminatória», recorda.


Os golos não apareceram na quantidade esperada no Bonfim, mas Catarino continuou o seu percurso goleador por outras paragens, tendo durante a carreira sido companheiro de jogadores como «Ricardo Carvalho, Marco Ferreira ou Meyong». Quanto a treinadores, há um que não esquece. «Ricardo Formosinho foi o que soube tirar o melhor de mim. Em 1998/1999, antes de ir para o Vitória de Setúbal, trabalhei com ele no Imortal e nessa época apenas o Jardel marcou mais golos que eu», atira.

A terminar, Catarino garante não há receitas especiais para tantos golos. «Não há segredo. É um dom que nasce connosco. Uns conseguem correr 100 metros em tempos espetaculares e eu tenho uma apetência para os golos desde miúdo. É algo que faço com naturalidade se for bem servido», remata.

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