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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

«Adereços não são ameaça à integridade física» - Júlio Mendes


Júlio Mendes concedeu declarações exclusivas a A BOLA sobre o tema que está a perturbar os adeptos do Vitória de Guimarães: a possibilidade de não poderem entrar com adereços do clube no Estádio D. Afonso Henriques, no jogo frente ao Paços de Ferreira, esta sexta-feira.

O líder dos conquistadores está a desenvolver esforços para evitar qualquer tipo de tensão entre associados e forças de segurança, tendo reunido esta manhã com dois graduados da Polícia de Segurança Pública. Nesse encontro manifestou a ideia de que será alcançada uma solução para este problema, garantiu compreender as questões levantadas pela PSP, mas sublinhou que os referidos adereços não constituem ameaça à integridade física dos adeptos.
- Qual o seu comentário às instruções do Comando Distrital de Braga da Polícia de Segurança Pública (PSP), de pretender impedir a entrada de adereços esta sexta-feira, no Estádio D. Afonso Henriques?

- Tomei conhecimento dessa intenção através da notícia de A BOLA. Não tenho qualquer informação oficial sobre esse assunto. Terminámos há pouco uma reunião com o comandante da PSP de Guimarães e com o superintendente do Comando Distrital de Braga. Foi uma reunião longa, na qual abordámos os acontecimentos do passado domingo e perspetivámos o que poderia ser programado para o jogo com o Paços de Ferreira. Foi levantada essa questão, expusemos o que é a nossa perspetiva e os nossos argumentos, discutimos a aplicabilidade da Lei em vigor, percebemos as questões que, com toda a legitimidade, a PSP levanta. Foi-nos garantido que este assunto está a ser analisado ao mais alto nível. A Direção Nacional da PSP tomará uma decisão. Esta reunião permite-me perspetivar com tranquilidade o jogo de amanhã, não se potenciando situações de maior conflitualidade nas pessoas que vão ao estádio, sejam adeptos ou agentes das forças de segurança. Quero manifestar uma palavra de reconhecimento e agradecimento pelo facto da PSP se ter deslocado ao Vitória, de ter explicado o que se passou no último jogo e de dar conta que está preocupada e que pretende assumir uma postura colaborante.

- De alguma forma houve o assumir de culpas pelos incidentes ocorridos na bancada, no último domingo?

- Não o fez, nem o poderia fazer. Estas questões têm procedimentos definidos e só depois de terminarem os
inquéritos em curso será possível apurar algum tipo de responsabilidades.

- Que mensagem pode transmitir aos adeptos que pretendem assistir ao jogo com o Paços de Ferreira?

- Passo uma mensagem de serenidade e de confiança no trabalho que desenvolvemos. Eu próprio estou a fazer contactos ao mais alto nível. Estou esperançado que em devido tempo será apresentada uma solução que agrade a toda a gente e que seja, ao mesmo tempo, compatível com a Lei. Vamos conseguir encontrar solução de compromisso.

- Como um dos responsáveis pelo negócio futebol em Portugal, por via do cargo de presidente da SAD do Vitória, acha que um estádio fica bem sem a cor dos adereços?

- De todo... E não me parece que os adereços de que estamos a falar coloquem em causa a integridade física dos adeptos. Parece-me é que há na Lei um espírito de conceder um rebuçado ou uma recompensa a quem cumprir os pressupostos para os Grupo Organizados de Adeptos, os denominados GOA. Não me parece que seja assim que as coisas devam ser feitas, não concordo e estou convencido que a PSP sabe que o maior risco que existe num ou noutro jogo não tem a ver com a presença desses mesmos adereços. Esta questão tem a ver com a leitura linear que fazem do diploma legal dos GOA. Os restantes grupos não podem dispor desses adereços, não porque sejam perigosos ou constituam ameaça, mas por penalização de não estarem legalizados. Não me parece que seja esse o caminho, mas é a Lei que temos. Vamos tentar que impere o bom senso.

- O Vitória está a pressionar ou a influenciar os seus grupos de adeptos a legalizarem-se?

- Não estamos a pressionar. Estamos a trabalhar. O vice-presidente Armando Marques tem feito trabalho excecional junto das claques, que também estão a colaborar neste processo. Estou convencido que as claques perceberam e desejam encontrar uma solução, que pode estar à vista num curto prazo de tempo. Este tem sido um assunto em que temos trabalhado com afinco e que me parece estamos a conseguir obter sucesso e que será uma vantagem para todos. 


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