Pinto da Costa sonhou e era verdade
No editorial da revista Dragões deste mês de novembro, Pinto da Costa relata um sonho que teve durante a viagem de regresso de Angola, que decorreu no fim de semana passado. Quando acordou, porém, o presidente do FC Porto percebeu que o sonho, do qual A BOLA fez parte, tinha sido realidade.
O líder dos azuis e brancos sonhou que a primeira página do jornal A BOLA seria dedicada ao encontro que manteve com o presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos.
O líder dos azuis e brancos sonhou que a primeira página do jornal A BOLA seria dedicada ao encontro que manteve com o presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos.
Sonhou e acertou:
«No dia 23 de novembro, às 11.00 horas, embarquei de Luanda, num voo da TAAG [Transportadora Aérea Angolana] com destino ao Porto (a TAP, Transportes Aéreos de Lisboa, só efetua voos para a capital). Cansado, após quatro dias de intensa atividade, adormeci e tive um sonho lindo! Sonhei que tinha sido recebido pelo Presidente da República de Angola e que este se referira ao FC Porto com os maiores elogios e que tinha considerado o clube como um dos motores de aproximação entre os povos. Sonhei que o FC Porto e o seu presidente tinham sido obsequiados com um jantar em que estavam alguns ministros, a confraternizar como pessoas normais. Sonhei que assisti à posse dos corpos gerentes duma Casa do FC Porto e nela tinham estado várias figuras do país. Sonhei que a imprensa se referia com grande respeito e admiração ao FC Porto. Sonhei que tinha estado a ver dois jogos de jovens do meu clube, ao lado de um presidente da República afável e conversador. Sonhei que à nossa partida altas individualidades se tinham ido despedir da nossa comitiva. E até sonhei que o jornal A BOLA trouxera na primeira página uma grande foto do meu encontro com o presidente da República de Angola. Com o aviso de que “dentro de momentos vamos iniciar a descida para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro”. Acordei. Tive, então, a noção de que não era só sonho, mas sim realidade.
O presidente da República era o engenheiro José Eduardo dos Santos. Os ministros eram o governo de Angola, os jornais eram angolanos (inclusive A BOLA). Fiquei contente porque mesmo dormindo revivi esses quatro dias fantásticos que guardarei sempre na memória e, sobretudo, no coração.
Mas, ao pisar solo português, tive a certeza de que tudo era passado e que aterrara num Portugal democrático em que se detém um ex-primeiro-ministro ao aterrar no seu país, com televisões e jornais à espera!...
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