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terça-feira, 11 de novembro de 2014

«História não vale muito numa fase final» - Rui Jorge


O selecionador nacional dos sub-21, Rui Jorge, admitiu esta segunda-feira, em conferência de imprensa realizada em Rio Maior, após a concentração dos 23 jogadores chamados ao estágio de preparação que ali irá decorrer (até dia 17 do corrente mês), que a história dos últimos confrontos de Portugal com os rivais que irá encontrar na fase final do Euro-2015, na Rep. Checa, não é a melhor, mas desvalorizou os últimos encontros.

O selecionador recordou que Portugal há 18 anos que não vence a Itália em sub-21 e que não venceu um dos últimos quatro jogos com a Inglaterra – que defrontará esta quinta-feira, em Burnley, e em estreia na fase final do Euro-2015, a 18 de junho – mas foi lapidar: «Isso não vale muito».

Rui Jorge revelou ainda ter conversado com o seu homólogo da Inglaterra, e foi claro quanto a Rúben Neves e Rafa: o portista e o bracarense poderão voltar aos sub-20 (que têm Hélio como selecionador) e disputar o Mundial, em 2015, na Nova Zelândia.

- Portugal defronta quinta-feira aquele que vai ser o seu adversário de estreia no euro-2015. Não poderia ser melhor este jogo de preparação, certo?

- O propósito não será bem esse. Não será bem o adversário que iremos encontrar a 18 de junho na fase final do Euro-2015, na Rep. Checa. Tal como, de resto, a nossa equipa não será bem a mesma. Teremos, com certeza, bastantes diferenças comparativamente à equipa que vamos apresentar na fase final. Vejo este jogo mais numa perspetiva de ver novos jogadores neste espaço e tentar que eles se integrem também nos princípios coletivos da nossa equipa.

- Foi nesse sentido que chamou muitas caras novas e há alguns regressos nesta convocatória?

- Sim, é essa a intenção nesta altura. Tivemos quatro jogos nos últimos dois meses com o nosso grupo habitual de jogadores. Optámos neste jogo, por deixar de fora jogadores que têm feito parte dele desde o início e de há muito que estão connosco, e que temos perfeitamente identificados. São casos como os do Sérgio Oliveira [P. Ferreira], do Tozé [Estoril], do Ivan Cavaleiro [Corunha], que estão connosco desde o início e têm a mensagem completamente apreendida. E aproveitamos para trazer novos jogadores, também, para assimilarem esses processos.

- Nesse grupo de novos jogadores a ver em ação inclui Bruno Gaspar, João Cancelo, Rafa Soares, João Teixeira e Sturgeon?

- Sim. Neste grupo de 23 jogadores, 14 poderão disputar o apuramento para a fase final seguinte do europeu de sub-21, a realizar em 2017. A perspetiva é um pouco diferente da de um jogo de preparação para uma fase final. Acreditamos que a oito meses da fase final do Euro-2015, na Rep. Checa, que essa fase final seria interessante para outras situações, como a de dar um jogo de bom nível e de exigência elevada a jogadores que têm estado menos tempo connosco. E aproveitar este tempo de estágio para trabalhar com eles dessa forma.

- Oito meses sem ter jogos a doer, até à fase final do Euro-2015, não é benéfico para a Seleção. Ou é?

- A competição é sempre muito interessante. Não serão bem oito meses, porque em março, bem mais próximo da fase final do Euro-2015, na Rep. Checa, teremos jogos com esse intuito, de preparar essa fase final, pelo menos dois jogos, em duas datas. E aí sim, a perspetiva será afinar a equipa para a fase final.

- É nesse sentido que vão a Inglaterra jogar, na quinta-feira, e os jogadores continuarão em estágio até segunda-feira?

- Sim, a perspetiva é essa, é ter os jogadores connosco algum tempo, nestas data FIFA em que temos essa vantagem de poder estar com eles durante algum tempo, de estarmos reunidos e eles irem-nos conhecendo melhor a nós, e nós aos jogadores, naquilo que é o treino. Havendo uma identificação melhor, é sempre mais fácil em termos de futuro.

- De qualquer forma, aqueles jogadores que referiu, como Ivan Cavaleiro ou Tozé, fazem parte desta família, também?

- Sim, claro que sim. A ideia inicial seria haver dois jogos. Não conseguimos fazer um segundo jogo de competição. A ideia inicial o Sérgio Oliveira, o Ivan, o Sá, o Tozé ficarem de fora um jogo e depois ficarem outros, como o Paulo Oliveira ou o Ricardo Pereira, jogadores que estão perfeitamente identificados, ficarem de fora no outro. Acontece que só vamos ter um jogo [n.d.r. - com seleções, na agenda do programa de trabalhos para dia 17, segunda-feira, está um jogo de treino com um adversário local, ainda a designar, que se mantém] . A ideia inicial ficou esbatida, mas fica parte dela.

- Também foi para ver em ação que chamou dois jogadores que de há algum tempo a esta parte que não constavam das convocatórias, o guarda-redes Daniel Fernandes e o médio João Carlos?

- Sim. São jogadores que temos acompanhado e que achamos que também nos podem ajudar. Não têm vindo porque a concorrência, de facto, é boa e é forte. Mas é para que eles saibam que continuamos atento, e para que eles saibam que merecem estar neste grupo também. Tendo um grupo limitado a 23, muitas vezes temos de tomar opções, mas isso não significa que qualquer um deles esteja descartado.

- Acha que o seu homólogo da Inglaterra também vai esconder um pouco o jogo neste encontro de preparação da próxima quinta-feira? Será dez por cento da Inglaterra que encontraremos a 18 de junho, na fase final do Euro, na Rep. Checa?

- Tive o cuidado de falar com o selecionador inglês e dialogar sobre isso. Abordámos este jogo nessa perspetiva. Precisamente para perceberem que não vamos com a intenção de esconder o jogo, mas ver novas possibilidades para a equipa. Independentemente de tudo, veremos, com certeza, uma equipa forte, uma equipa com qualidade: isso apresentaremos, seguramente! E acredito que da parte da Inglaterra vai acontecer o mesmo. Também terão algumas ausências, não sei se tantas quantas as que teremos ou não, mas também vão aproveitar para rodar alguns jogadores eventualmente menos utilizados.

- Acabou de regressar da Rep. Checa, onde vistoriou possíveis alojamentos para a equipa e as condições. Já tomou uma decisão sobre o local em que Portugal irá ter o seu quartel-general? O que achou das condições?

- O processo ainda não está fechado. Dentro das opções que a UEFA determinou, temos uma, apenas uma, que nos poderá satisfazer, mas faltam alguns pormenores que, com certeza, com o tempo, vamos resolver.

- Esteve no Estádio Miroslava Valenty, emUherske Hradiste, onde Portugal fará os três jogos do Grupo B? Pareceu-lhe ter condições?

- Sim. É um estádio relativamente pequeno [n.d.r. – lotação para oito mil lugares] mas pareceu-me interessante. Ficará bonito, se estiver cheio.

- E que análise faz ao sorteio da fase final, que ditou, além da Inglaterra, a Suécia e a Itália como adversárias na primeira fase, no Grupo B?

- Qualquer que fosse o grupo, seria forte, é irrelevante. Temos as equipas que melhor se portaram durante a fase de apuramento. Por isso, é inevitável apanharmos equipas fortes. Nesta altura ainda não fiz observações, mas temos todos os jogos dos nossos adversários para ver. Vamos começar a estudá-los e saber aquilo que podem valer. Historicamente, é verdade que em sub-21 temos tido muitas dificuldades com a Itália, à qual já não ganhamos desde 1996; à Inglaterra, também nos últimos quatro encontros, não lhes conseguimos ganhar em sub-21. Mas isso não vale muito nesta fase final. Vamos estudá-los, vamos à procura de pontos fracos e tentar impor o nosso jogo.

- Chamou 14 jogadores que podem disputar o Euro de 2017, mas também tem alguns que, em 2015, podem ir ao Mundial sub-20, na Nova Zelândia...

- Tentamos fazer essa gestão, juntamente com o Hélio [n.d.r. - selecionador de sub-20]. Temos cá o Rúben Neves e o Rafa, que serão dois jogadores que poderão ser utilizados nos nossos sub-20. Mas achamos que merecem vir a este espaço. E o Raphael Guerreiro ter saltado para a Seleção principal abriu um espaço na nossa Seleção. Vêm cá, mas estão conscientes de que poderão voltar aos sub-20 e disputar uma prova como o Mundial. 


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