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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sub-21: Holanda-Portugal, 0-2 (crónica)



Nove jogos, nove vitórias e uma grande afirmação dos sub-21 portugueses em Alkmaar! Portugal fez mais de metade do trabalho para chegar ao Europeu de 2015 e até perdeu ocasiões suficientes para resolver a eliminatória já. O domínio foi absoluto e por entre boas exibições individuais há a sublinhar a força coletiva que os 14 em campo tiveram: sem André Gomes, João Mário e William Carvalho, mais cinco lesionados, é inegável o trabalho de Rui Jorge nesse aspeto.

A seleção portuguesa apanhou um susto inicial, mas provou que é, neste momento, bem mais equipa que aquela orientada por Adrie Koster: a partir deste jogo, tem um registo de três jogos e três derrotas com os sub-21 holandeses. 

Aos cinco minutos, uma desatenção defensiva permitiu a Willems cruzar para a área de José Sá, que defendeu um primeiro remate de Elvis Manu e viu o mesmo holandês acertar em cheio na barra! A felicidade sorriu nesse momento e Portugal agradeceu-lhe com um desempenho personalizado.

Um minuto depois da trave devolver a bola, Hahn fazia do outro lado a primeira de várias defesas a evitar golos portugueses. Organizado em losango ao meio-campo, Portugal esteve melhor sobre o relvado do que o adversário: fechou bem os espaços e, em processo ofensivo, só lhe faltava uma melhor definição na frente, junto à baliza.

Durante muito tempo, a melhor ocasião da partida continuava a ser a de Elvis Manu, mas a contabilidade de ataques e remates pendia claramente para a seleção portuguesa. Após várias ofensivas prometedoras, o golo chegou num penálti sobre Bernardo Silva que expôs bem as dificuldades de Van Beek, um dos centrais contrários. Em cima do intervalo, Sérgio Oliveira colocava no marcador as diferenças que se viam no relvado.


 Em terras holandesas, esperava-se uma reação da Jong Oranje. Longe disso: logo no momento inicial do segundo tempo, Sérgio Oliveira atirou para a bancada o primeiro momento de perigo. 

De seguida foi a vez de Ricardo Pereira dar nova ocasião a Hahn para brilhar e, com Portugal em controlo completo do jogo, o 2-0 previa-se. A falta de pontaria nacional e as mãos de Hahn adiaram o golo até ao minuto 82.

A Holanda tinha feito várias substituições, entre elas o ingresso do benfiquista Ola John, que nada mudou na partida. Os holandeses só assustaram em dois momentos: o primeiro resolvido pela defesa, o segundo por José Sá, também ele sempre seguro nas ações

A Holanda sentia muitas dificuldades perante a organização portuguesa, que era agora cada vez mais rápida a aproveitar os espaços que havia na defesa contrária. Assim, quando Carlos Mané, depois de falhar um golo minutos antes, apontou o 2-0, o marcador passou a ser mais condizente com o jogo.

Daí até final, Portugal ainda teve ocasiões para deixar nos mínimos as possibilidades holandesas de chegar ao Campeonato da Europa. Olhando para a ocasião perdida de o fazer, pode dizer-se que a tarde/noite não foi perfeita. Mas uma equipa portuguesa voltou a sair muito feliz de Alkmaar.    

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