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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Mangala não esquece o FC Porto: «Este ano é 

uma obrigação ganhar o campeonato»



Mais do que um ex-jogador do clube azul e branco, Eliaquim Mangala é mais um «portista». Por isso, diz que conquistar o título é «uma obrigação» dos dragões em 2014/15, mas salienta que as mudanças operadas no plantel de Lopetegui exigem «tempo de adaptação». Confiante no grupo que conheceu mas com o qual já não treinou na pré-época, o internacional francês considera que há agora um FC Porto «mais forte» e espera que dentro do campo, onde «a realidade do futebol acontece», isso se traduza em resultados positivos. Em entrevista ao zerozero.pt, o defesa elogiou ainda Maicon e Martins Indi, deixou conselhos a Reyes e agradeceu «todo o carinho» com que foi tratado na Invicta.



Depois de ter falado acerca do França x Portugal que se aproxima, Mangala permitiu-nos uma entrevista mais alargada sobre temas que lhe dizem muito: a passagem pelo FC Porto, a constituição da defesa azul e branca, as «grandes recordações» que leva do nosso país e, claro, este início de aventura na Premier League, ao serviço do Manchester City.

Os três anos de «crescimento» nos dragões marcaram o jovem defesa, que só tem palavras simpáticas para o que foi a sua vida no Porto. Apesar da agenda cheia do futebol britânico, dos compromissos intermináveis que os jogadores enfrentam em Inglaterra, Mangala ainda tem tempo para ver o campeonato luso e não deixa de o fazer sempre que pode. A justificação para tal atenção foi clara.


«Continuo a seguir o FC Porto, sim. Sou portista!», atirou de imediato. «É verdade que não vi todos os jogos, vi alguns, mas o FC Porto comprou muitos jogadores, o que quer dizer que precisam de tempo de adaptação. É preciso fazer uma equipa nova. É normal, mas o FC Porto tem de ser campeão. O FC Porto não está habituado a não ser, perdemos a época passada e este ano é uma obrigação ganhar o campeonato», vincou o central, nada à defesa no discurso.

Admitindo não acompanhar tanto os feitos de Benfica e Sporting, Mangala mostrou-se ainda assim conhecedor do atual atraso pontual dos portistas na tabela. Nada que preocupe este adepto.

«Ainda falta muito tempo, o campeonato ainda está no início e sabemos que pode acontecer muita coisa... A meio do campeonato pode fazer-se uma pré-avaliação mas agora é cedo para dizer quem vai ser campeão. Certo é que o FC Porto este ano tem um plantel mais forte que na época passada. 

Agora, o problema é sempre o mesmo: é no campo que o FC Porto tem de demonstrar que é o melhor e ganhar pontos. A realidade do futebol é no campo», frisou o ex-camisola 22 dos azuis e brancos.
Apoiado nesta deixa, Mangala não se desligou do relvado ao dar conta das melhores recordações que levou da Invicta...

«Para mim, a primeira escolha, o grande momento, porque foi uma grande emoção... foi o golo do Kelvin aqui no Dragão contra o Benfica. [2012/13] Foi um campeonato muito muito intenso, muito difícil, porque o Benfica jogou a um nível muito alto. Para mim, desde que cheguei, foi o melhor Benfica que eu vi. Mesmo na época passada o Benfica não estava tão forte como há dois anos, nós é que estávamos muito mal. Mas quando vi o golo foi... nunca senti uma coisa assim! Foi mesmo uma grande emoção. Sabíamos que a partir daí não podíamos falhar no último jogo e fomos campeões. Foi mesmo um bom momento para nós e é a minha melhor recordação», declarou o jogador gaulês, antes deixar uma mensagem sentida aos portuenses e portugueses em geral.

«Ainda quanto à minha passagem pelo Porto, tenho de falar na sociabilidade das pessoas. Todos são muito simpáticos, muito carinhosos. Para quem chega de um país diferente e não conhece a língua é muito importante essa abertura, foi uma ajuda muito grande. Por isso tenho de agradecer aos portugueses a forma como me receberam e todo o apoio que me deram», destacou.

A análise ao setor defensivo do FC Porto

Mangala saiu para o Manchester City no verão, a 11 de agosto mais precisamente, e ficaram no centro da defesa portista Maicon, Marcano, Martins Indi e Reyes. E já que o reforço dos citizens acompanha o dia-a-dia dos dragões, aproveitamos a oportunidade para saber mais acerca das atuais opções de Julen Lopetegui, na visão de um especialista da área. As análises do agora número 20 dos sky blues apoiaram-se, sem surpresa, em elogios, mas saltou à vista o tom afetuoso quando o nome de Reyes veio à baila.

«O Maicon é um jogador que, para mim, teve um momento crítico na sua carreira aqui no FC Porto, que foi a sua lesão. Faltou-lhe sorte, porque lembro-me que ele ia começar a jogar quando se lesionou e estava num momento muito, muito bom. Depois fez tudo para recuperar e nunca deixou de trabalhar, de acreditar em si e isso é muito importante», começou por certificar Mangala quanto ao camisola 4 do FC Porto.

«Maicon tem muita personalidade, tem muito caráter. Mesmo nos momentos mais complicados continua a trabalhar, por isso acho que este ano ele vai estabilizar e fazer uma grande época. Merece, porque trabalha muito. Não tem tido muita sorte mas é um jogador de qualidade, que sempre quis ajudar o FC Porto e sabe como ajudar o FC Porto. Se estiver bem fisicamente vai ser um jogador muito importante», completou o antigo 'par' do brasileiro.

«Marcano não conheço, vi um jogo dele no FC Porto e parece-me um jogador com caráter, à imagem da equipa, mas não conheço e por isso não posso falar muito», salvaguardou Mangala quanto ao defesa espanhol.

«O Bruno Martins Indi conheço da seleção holandesa, tem uma boa presença física e isso é importante para defender, é uma qualidade. Para defender bem é preciso ter muita concentração e caráter e do que tenho visto ele está bem a esse respeito. Indi é esquerdino como eu, também já tem alguma experiência, esteve no Mundial com a seleção da Holanda e para ele, como já fala português, também tem facilidade na adaptação. Espero que  faça uma grande época e também possa ajudar o FC Porto este ano, porque precisamos de estabilidade lá atrás para poder fazer os golos à frente e tratar de ganhar os jogos. Com a sua idade e experiência, acho que ele ainda vai ajudar muito o FC Porto», avaliou o jogador do Man. City sobre o seu [habitual] substituto direto no onze portista.

«O Reyes é um jogador jovem, que infelizmente teve um primeiro ano difícil. Posso comparar a situação dele com a minha quando cheguei, porque é complicado jogar num plantel com tão bons centrais e ainda por cima [2013/14] era o primeiro ano na Europa para ele. Quando ele chegou havia Otamendi, Maicon e eu, só dois eram titulares, e era complicado. Normalmente o primeiro ano é de adaptação mas a época passada correu um pouco mal – aliás, correu mal -, e isso também não o ajudou», justificou Mangala.

«Eu quando vim tive oportunidade para jogar, fiz bons jogos, também tive um ou outro menos bom, mas isso faz parte da aprendizagem. O FC Porto este ano não tem tempo para isso, não tem tempo para dar aprendizagem, precisa de vencer, ganhar títulos e ser campeão, porque o ano passado só ganhamos a Supertaça. O FC Porto comprou muitos jogadores novos e como jogadores novos têm de ser utilizados, mas Reyes é que tem de trabalhar, demonstrar valor, não pode perder a motivação [por não jogar] e tem de continuar a trabalhar. Se perder a motivação fica muito complicado para ele. Mas também a equipa tem de ajudar, falando com ele, mostrando confiança. O futebol é assim, mas ele vai ter uma oportunidade e tem de se mostrar ao seu melhor nível», antecipou o internacional francês ao zerozero.pt.

Um «sonho» chamado Premier League

As três épocas de FC Porto abriram as portas do campeonato inglês a Mangala. Apesar de adepto do Paris Saint-Germain, emblema do seu país natal - além de portista, como já se percebeu -, o central de 23 anos sempre teve como objetivo de carreira chegar à Premier League. Já conseguiu, já se estreou e... está a gostar.


«Estou a gostar, claro. A verdade é que é um campeonato diferente, mais ofensivo, mais agressivo que em Portugal. Corresponde mais às minhas características de jogo. É verdade que também é um pouco mais cansativo porque jogamos de três em três dias, temos campeonato, temos taças, Liga dos Campeões, há muitos jogos. Mas jogar futebol é a minha paixão e é um privilégio para mim, com 23 anos, estar aqui; é muito bom. Estou a viver um sonho, porque sempre quis jogar no campeonato inglês, na Premier League, e estou a viver isso. Agora é tentar aproveitar porque, como disse, é no campo que tudo se passa», afirmou o defesa.

À parte da motivação que é concretizar um sonho de criança, a adaptação de Mangala a um novo país ficou facilitada com a chegada de Fernando, companheiro de equipa já no FC Porto e hoje o elemento «do lugar ao lado no balneário».

«Facilita ter o Fernando cá, especialmente durante o jogo. Ele joga à minha frente e é um bocado mais fácil estabelecer comunicação com ele, já nos conhecemos, eu sei como Fernando joga, e é mais fácil assim, sem dúvida».

O facto de ter entrado «a jogar bem», frente ao Chelsea, foi outra situação agradável para Mangala, que admite sentir-se confortável numa equipa com tantos craques.

«A verdade é que o meu primeiro jogo correu bem. Também recebi o apoio dos adeptos, já há muito tempo que eles estavam à espera de me ver jogar. Felizmente fiz um bom jogo e os adeptos disseram que esperavam mais assim, o que foi bom para mim, ajudou na adaptação. O City tem um excelente plantel, muito grande, muito forte. A verdade é que temos duas equipas e é possível trocar um pelo outro [sem perder qualidade], mas é bom para mim, que sou dos mais jovens do plantel», evidenciou o nosso entrevistado.

«Assim posso ver como trabalham os jogadores mais antigos do plantel, como eles preparam o jogo, como recuperam entre os jogos. Gosto de comunicar com eles, ver como eles treinam e eles também são uma ajuda para mim, para continuar a aprender, para continuar a evoluir. Falo com eles sobre os vários aspetos do jogo, para saber como defender, quando chegar mais à frente, como melhorar. Vão-me ajudar muito», comentou Mangala.


Para o fim, ficou a questão relativa à tabela classificativa do campeonato onde agora atua. É assumido que o Man. City é um dos candidatos ao título no país de Sua Majestade, mas o Chelsea de Mourinho já lidera com cinco pontos de vantagem... Será esse um cenário preocupante para o atual campeão?

«Preocupar não preocupa, mas temos de ter muito cuidado porque não podemos perder mais pontos. Cinco pontos já é... bem, não é muito, porque sabemos que o campeonato é uma maratona, é muito  longo, mas já jogamos com Liverpool, Arsenal, Chelsea... Eles também têm de jogar entre si, portanto ainda podemos recuperar, mas não podemos falhar muitos mais pontos. Temos de estar concentrados e preparados porque aqui nenhum jogo é fácil. Não é fácil jogar fora, são sempre jogos muito complicados e temos de estar preparados para isso», alertou o central.

«Também temos a Liga dos Campeões, que é uma competição em que temos obrigação de ganhar se queremos continuar em prova. E nós queremos pelo menos passar a fase de grupos», rematou Eliaquim Mangala quanto aos objetivos dos citizens.

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