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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Yannick Djaló: «Benfica? Não me passa pela cabeça regressar a Portugal»

Avançado em entrevista exclusiva ao Maisfutebol/TVI


No Sporting era Yannick, no Benfica assinava Djaló, no San José Earthquakes utiliza apenas Djá na camisola. Uma mudança que não significa apenas uma mudança: significa um recomeço.

Nesta entrevista ao Maisfutebol, via Skype, Yannick Djaló reconhece que o último ano em Portugal foi muito complicado e por isso não lhe passa pela cabeça voltar.

Nem sequer ao Benfica.

Pelo caminho olha para a pré-época da formação de Jorge Jesus e tranquila os adeptos: é preciso dar tempo ao treinador porque ele não costuma falhar na valorização dos atletas.


Por que é que agora é só Djá?
Foi uma mudança. Como vim para o outro lado do mundo resolvi mudar. Para a minha família e para as pessoas que me são mesmo íntimas, sempre fui Djá. Mas quem sabe volte a colocar Yannick na camisola... Não sei.

Também significou uma espécie de recomeço na sua carreira?
Sim, também. A fase que tinha vivido nos últimos tempos não tinha sido a melhor e resolvi por isso dar uma mudança radical.

Gostava de ter saído de Portugal de outra forma?
Sim, gostava. Qualquer jogador gosta de sair sempre pela porta grande. Mas por vezes não é possível e infelizmente não foi possível para mim. O Benfica fez uma aposta em mim, as coisas não correram bem, não resultaram, mas a vida continua. Há que olhar para a frente e neste momento estou feliz aqui, as coisas estão a correr bem e isso é o mais importante.

Tem contrato de cedência ao San José Earthquakes até dezembro, depois ainda lhe resta ano e meio de contrato com o Benfica. Já pensou como vai ser o seu futuro?
Não, ainda não pensei seriamente nisso. De vez em quando estou a conversar com o meu empresário e abordamos isso, mas prefiro neste momento estar concentrado em fazer bem o meu trabalho aqui e depois em dezembro logo vemos quais são as opções.

Regressar ao Benfica é uma coisa que não lhe passa pela cabeça...?
Para ser sincero... tenho contrato com o Benfica, essa decisão não depende só de mim, mas tendo em atenção os últimos tempos que passei no Benfica o meu coração não pende muito em ir para o Benfica. Neste momento estou feliz aqui. Não sei onde estarei daqui a seis meses, espero apenas estar num sítio onde me sinta feliz.

E um regresso a Portugal?
Sinceramente, pelo que vivi nos últimos tempos aí, é um cenário que não me passa pela cabeça.

Como tem visto esta pré-época algo polémica do Benfica?
Vejo as notícias por alto e sei que não tem sido uma pré-época ao nível do que o Benfica pode produzir, mas também sei que quando começar a época a equipa vai estar melhor. O Benfica é um clube que tem sempre excelentes jogadores e tem também um excelente treinador, por isso tem tudo para dar a volta.

Por falar em treinador, tem havido algumas polémicas entre Jorge Jesus e a direção por causa dos jogadores que têm saído. De que lado é que o Yannick se coloca?
É complicado. O treinador tem um papel ingrato, todos os anos perde vários jogadores porque o Benfica é um clube ganhador, faz boas campanhas nas provas europeias e acaba por ter que vender. Por isso entendo que perder os jogadores que são acima da média seja complicado. Mas o treinador do Benfica também já mostrou que consegue formar e fazer grandes jogadores e acho que esta época não será diferente. Vai conseguir rentabilizar os jogadores que chegaram. 


Yannick Djaló: «Os Estados Unidos fizeram-me voltar a ser feliz»

Yannick Djaló voltou a sorrir: sorri muito.

Nos Estados Unidos diz que a vida não corre apenas sobre rodas: corre sobre patins em linha. Vive na California, naquela que diz ser uma zona linda de San José.

Embora as longas viagens o obriguem a passar muito tempo fora de casa - no último fim de semana passou seis horas dentro de um avião para ir a Nova Iorque, por exemplo -, os estágios das equipas americanas não cansam: nos três dias há liberdade para ir até jantar sempre fora. O clube dá dinheiro aos jogadores e estes fazem o que querem do tempo até à hora de jogo.

De resto fala de um campeonato que está a evoluir muito, que consegue ter 70 mil espetadores num jogo, e fala de um país onde um futebolista pode fazer a vida normal sem ser alvo dos olhares dos outros.

Por isso sorri, lá está, e acredita que daqui por cinco anos todos os jogadores quererão a liga americana.


Como é que correm as coisas nos Estados Unidos?
Felizmente está a correr muito bem. Tem sido uma experiência espetacular e estou a gostar bastante de estar aqui.

Voltou a marcar assiduamente: três golos em treze jogos. Sente que está a viver um momento feliz?
Tem sido bastante positivo. O princípio não foi fácil, estive muito tempo parado e foi complicado voltar a adquirir a melhor forma porque tinha sempre mialgias. Tanto assim que dos treze jogos que joguei muitos não foram completos, exatamente por isso, estava com alguns problemas físicos. Agora já estou muito melhor, tenho feito os noventa minutos e claro que estando na minha melhor forma física torna-se tudo mais fácil

Ainda para mais agora tornou-se o homem dos golos bonitos...
[risos] Tenho-me enganado às vezes... Não, tem corrido bem. Estou super confiante e claro que um jogador quando está confiante as coisas tornam-se muito mais fáceis.

O futebol nos Estados Unidos preenche um futebolista?
A mim tem-me preenchido. Fiquei bastante surpreendido com o futebol aqui. Os jogos têm sempre muito público, a liga é muito competitiva, nunca se sabe quem vai ganhar, cada jogo é uma incógnita muito grande. Para além disso é uma liga que está a ter uma evolução incrível, de ano para ano tem evoluído bastante, e acredito que daqui a cinco anos será das grandes ligas do futebol mundial.

Então a resposta é sim?
Sim, é. Estou a adorar.

E continuar nos Estados Unidos?
Como tenho estado a gostar bastante, é uma possibilidade.E ficando aqui a minha total prioridade será o San José. É um clube que tem crescido bastante, para o ano irá ter um estádio novo, vai fazer um investimento maior na equipa de futebol e portanto para o ano certamente as coisas serão diferentes. Para além disso sinto-me super bem aqui, as pessoas tratam-me muito bem, tenho uma qualidade de vida excecional, portanto não tenho motivos para querer ir para outra equipa.

A vida em San José corre sobre patins em linha?
Espetacular. É fantástico viver aqui. Tenho estado a adorar e não tenho nada com que me queixar.

E nesse sentido o que é que os Estados Unidos já lhe deram?
Essencialmente fizeram-me voltar a ser feliz a jogar futebol. Recuperei a felicidade e recuperei a minha confiança que já não tinha. E é uma coisa que também nunca irei conseguir pagar, porque já não tinha alegria a jogar futebol e aqui recuperei-a.

Recuperou o sorriso no dia a dia também?
Em tudo. Muito alegre agora. 

«Nunca conseguirei pagar tudo o que o Sporting me deu»

É difícil recordar um Yannick Djaló que sorria tanto como o atual.

Em entrevista ao Maisfutebol em direto dos Estados Unidos, por Skype , o avançado afirma-se um homem de bem com a vida e sem mágoas no coração.

Não lamenta as poucas oportunidades que teve no Benfica, diz que as coisas simplesmente não correram bem, e não está melindrado com a forma como saiu do Sporting ao fim de onze anos.

Pelo caminho acrescenta que raramente se sentiu tão confiante e quando está assim alimenta todos os sonhos: por isso não deixou de pensar na seleção nacional.

Uma entrevista de um homem feliz e de coração aberto, para ler na íntegra.


Fez cinco jogos em metade da época no Benfica, apenas um como titular. Gostava de ter tido mais oportunidades?
Tenho em conta esses números, claro que gostava de ter tido mais oportunidades. Até porque tinha muita vontade de poder triunfar e justificar a aposta que fizeram em mim. Mas infelizmente não foi assim. No futebol não há muito tempo para ficar a lamentar, temos de olhar logo em frente e foi isso que eu fiz. Tive a oportunidade de vir para os Estados Unidos e estou a fazer o meu melhor.

Sente que o facto de ter vindo do Sporting o prejudicou?

Não vejo as coisas dessa forma. Se fosse assim também não me tinham ido buscar. Acredito que não fui aposta do treinador apenas porque a partir de um certo momento preferiu outros jogadores. O futebol é assim e há que respeitar as decisões.

Torce pelo Benfica à distância?
Torço sim. Torço porque o Benfica tem excelentes profissionais, tem gente muito boa a trabalhar no clube e são meus amigos. Torço sempre pelos meus amigos.

E o Sporting? Segue com atenção o Sporting?
Sigo o Sporting, claro. O Sporting é um clube que me marcou e irá marcar-me para sempre porque cresci no Sporting. Fico feliz por saber que o clube está a evoluir, até para o campeonato português é importante ter um Sporting forte. Acho que vai fazer um excelente ano e vai ser uma liga muito competitiva.

O final do seu tempo no Sporting representou provavelmente o período mais difícil da sua carreira. Há aí alguma mágoa relativamente ao Sporting?
Não, nenhuma. Não tenho tempo para estar com mágoas. Preocupo-me em olhar para a frente e para o caminho, e não para o que se passou. Faço uma pequena reflexão sobre isso e a frio sei que já passou muito tempo para guardar mágoas. O Sporting deu-me muita coisa, não posso estar a culpabilizar o Sporting por seis meses. Tudo o que o Sporting me deu, nunca conseguirei pagar.

Foi muito?
Desde os 14 anos que estava no Sporting. Pude fazer-me homem, ser um melhor ser humano e tornei-me futebolista profissional no Sporting. Portanto isso é impagável.

O Yannick está com 28 anos, na seleção está um treinador que bem o conhece, ainda sonha com um regressa à seleção nacional?
Sem dúvida. Tenho uma ambição muito grande neste momento, por estar muito confiante por sentir que posso render muito mais. Representar a seleção sempre foi um dos meus objetivos e estou a trabalhar para que o selecionador possa estar atento ao meu trabalho. Conto ainda escrever uma página bonita na minha carreira e representar mais vezes a seleção nacional.

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