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domingo, 20 de julho de 2014

Tiago Ferreira: «Saí do FC Porto para continuar a evoluir»

Central não chegou a jogar pela equipa principal mas respeita a política dos azuis e brancos 



Tiago Ferreira chegou ao FC Porto em 2007 e parte sete anos mais tarde. Apontado como um dos grandes valores da formação portista, nunca jogou pela equipa principal (apenas duas presenças como suplente não utilizado). O central sentiu que era o ciclo tinha terminado.

A um ano do final do contrato, o FC Porto vendeu o seu passe por um valor relativamente baixo mas ficou com parte dos direitos económicos – 35 por cento – e negociou com o Zulte-Wagerem uma cláusula de recompra por 2,5 milhões de euros. 


«O FC Porto incluiu a cláusula e isso pode ser sinal de alguma confiança no meu potencial, mas tenho de pensar agora é no Zulte-Wagerem e num campeonato que costuma ter muitos observadores», salienta o defesa, em entrevista ao Maisfutebol, entre os primeiros treinos na Bélgica. 


 Tiago Ferreira celebrou recentemente o seu 21º aniversário e fez as malas para não encarar mais uma temporada no segundo escalão do futebol português: «Senti que o meu ciclo na II Liga tinha chegado ao fim. O objetivo passa por continuar a crescer e esta foi a melhor solução. Quero fazer uma boa época na Bélgica e evoluir como jogador.» 

Tiago Ferreira tinha de evoluir para chegar à equipa principal do FC Porto ou atribui a falta de oportunidades à política do clube e dos seus treinadores? «Penso que é um pouco das duas coisas», diz, com humildade. «Sei que preciso de crescer, de melhorar em algumas coisas, e também é claro para toda a gente que o clube tem a sua política. Ia continuar na equipa B e saí do FC Porto para continuar a evoluir, foi o melhor.»

 O central, que envergou a braçadeira de capitão, considera que os dragões têm legitimidade para seguir outros caminhos e diz adeus sem rancor.

«Estava a um ano do final de contrato, portanto as alternativas eram renovar ou sair. Quando se é mais novo, tem-se maior esperança que as coisas corram bem, que se cumpram os sonhos, mas era difícil. Mesmo o Tozé, que era a referência da equipa, não foi aposta. Não é uma crítica, é apenas a realidade», frisa.

A equipa B do FC Porto deixará de ter nomes como Tiago Ferreira ou Tozé. Gonçalo Paciência pode ter oportunidades no plantel principal, mas isso representaria uma alteração na tendência das últimas épocas.

«Claro que gostava que se apostasse mais nos jovens portugueses, acredito que os adeptos gostariam de ver mais jogadores com o ADN do FC Porto, mas também há uma pressão muito grande por vitórias e penso que a prioridade deles (clube e adeptos) é sobretudo essa. Com os jovens é preciso mais paciência e tempo, tempo que escasseia no FC Porto. É a política do clube, há que respeitar e seguir em frente», remata Tiago Ferreira.
 

Tiago Ferreira: «Na Bélgica há muito espaço para os jovens» 

Tiago Ferreira, antigo jogador do FC Porto, já está na Bélgica para representar o Zulte-Waregem, clube emergente no país. Aos 21 anos, o central emigra para crescer em outro panorama competitivo.

Após sete anos como dragão, incluindo dois na equipa B, Tiago Ferreira terminou um ciclo e assinou pelo Zulte-Waregem por quatro temporadas.

Em entrevista ao Maisfutebol, o jovem internacional português explica o adeus ao FC Porto e projeta o futuro. 

 O seu novo clube venceu por 2-1 o Zawisza Bydgoszcz (Polónia) na primeira mão da 2ª pré-eliminatória da Liga Europa, com Tiago Ferreira na bancada. 

«Cheguei na quinta-feira à Bélgica, vi a vitória na Liga Europa e comecei a treinar no dia seguinte. Se a equipa passar esta eliminatória, já poderei jogar na próxima e ter esta possibilidade de jogar a Liga Europa também foi um aliciante extra», começa por reconhecer.

O projeto do Zulte-Wagerem, um emblema sem grande tradição mas com excelentes resultados no passado recente, convenceu o jogador português.

«O Zulte-Wagerem é a equipa sensação da Bélgica. Há dois anos foi vice-campeão e na época passada terminou em quarto, mas a duas jornadas do final estava na liderança. É um ótimo clube para evoluir», salienta, acrescentando: «O treinador gosta de apostar em jogadores jovens e tem apenas quatro elementos mais velhos no plantel.»

O campeonato belga é uma montra que apresenta preços acessíveis e cativa observadores de outros países. «Este é um campeonato muito interessante e onde há muito espaço para os jovens. A seleção belga teve um grande desempenho no Mundial, provando que há bastantes valores no país, e não é um mercado muito caro. Basta ver que o Mangala, por exemplo, pode custar quase 40 milhões de euros enquanto os clubes aqui libertam os seus melhores jogadores por 6 ou 7», salienta.

 «A competição costuma ser seguida por olheiros de Alemanha, França, Holanda, há muitas oportunidades à volta. Mas antes de mais, o importante é conquistar o meu espaço e ajuda a equipa», reconhece Tiago Ferreira.

Presença assídua nas seleções jovens, o central espera manter-se entre as escolhas dos técnicos nacionais. «Tenho 84 internacionalizações, desde os sub-15, mas na época passada cheguei aos sub-21 e só fui chamado duas vezes. Eu estava na equipa B, na Honra, enquanto os outros jogadores da mesma posição já estavam a evoluir na Liga…»

«Espero continuar a pertencer à família da seleção e sonho um dia chegar aos AA. Seja em 2016, em 2018 ou 2020, não importa», garante.

Uma coisa é certa. A vasta cabeleira, a fazer lembrar Puyol, será para manter e promete ser uma sensação nos relvados da Bélgica, que está habituada a ver outros exemplares, como Witsel ou Fellaini.

«O cabelo continuará a ser uma imagem de marca. Aliás, o próprio diretor-desportivo do clube pediu-me para não o cortar. Não sei se estava a brincar, mas em termos de imagem acho que funciona e eles por aqui parecem gostar», remata Tiago Ferreira, entre sorrisos.  
 

Gonçalo, Ivo, Rafa: talentos para seguir no FC Porto

Tiago Ferreira destaca alguns produtos da formação azul e branca e diz que não há avançados como o novo Paciência.

Tiago Ferreira assinou pelo Zulte-Wagerem, do primeiro escalão da Bélgica, e continuará a acompanhar à distância o FC Porto. Em entrevista ao Maisfutebol, o internacional sub-21 fala sobre alguns valores emergentes na formação azul e branca. 

 Gonçalo Paciência está a realizar a pré-temporada com o plantel principal e pode servir como alternativa no plantel às ordens de Julen Lopetegui. 

«Fico feliz por ver o Gonçalo Paciência a fazer a pré-época. É um jogador da casa, que sente o clube, e depois de uma longa ausência fez seis meses notáveis. O Gonçalo é um jogador raro, tem técnica, instinto e finaliza facilmente com os dois pés», salienta Tiago Ferreira, acrescentando: «Em Portugal, não me parece que haja um avançado igual. Ficarei a torcer por ele, sabendo que é difícil.» 

O FC Porto renovou a sua equipa secundária, deixando sair nomes como Tiago Ferreira ou Tozé. Surge uma nova formada, com valor para sonhar. O defesa apresenta nomes que merecem um olhar atento. Ruben Neves, mais novo, não se chegou a cruzar com o central.

«Há bastante talento no FC Porto para explorar. No ano passado havia o Tozé, o grande capitão Pedro Moreira (este mais velho), o Gonçalo Paciência está agora com a equipa principal e vão surgindo outros nomes», frisa.

Ivo Rodrigues merece destaque. «O Ivo Rodrigues tem uma qualidade indiscutível, continuará a crescer. Depois, há ainda o Rafinha (Rafa), um lateral esquerdo com enorme potencial, o André Silva, o Leandro Silva. Enfim, a qualidade está lá», remata Tiago Ferreira. O futuro está nos pés deles. E do FC Porto.  
   


 

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